terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Como escrever coisas engraçadas

Olá criançada, o michael chegou! HAHAHA, podem voltar crianças, sou só eu, não tem perigo. Bom, vamos direto ao ponto: mentira, eu nunca vou direto ao ponto. Depois de escrever o segredo de se fazer um hit gospel eu venho pensando em fazer uma série de tutoriais práticos para o dia a dia (ou seja: for dummies) e fiquei um bom tempo pensando no que eu poderia escrever (preguiça). Teria que ser algo em que eu sou bom, apesar de que eu não sou bom em fazer hits de música gospel... mas deve ser porque nunca tentei e prefiro ganhar dinheiro de uma forma mais digna: sendo advogado. Bom, mas uma coisa em que eu me considero bom é ser engraçado, acho que se eu fosse analfabeto eu me jogaria de um trampolim numa piscina vazia se isso fizesse as pessoas rirem. Então eu resolvi, como bom cheater que sou, ensinar o grande macete de ser engraçado... tam tam tam tam... é o ódio! Já pegaram a idéia? aposto que não, mas fiquem tranquilos que o tio Lauro ainda vai explicar como funciona. O ódio é o elemento central do humor, podem começar a reparar em piadas, stand up shows, etc. Vamos pegar uma coisa que todo mundo odeie, por exemplo... crianças! Ah não, só eu odeio crianças. Tá bom então, filas de banco! Já reparou que quando você vai no banco pagar UMA conta você já fica com ela na mão e até com umas moedas pro cara te dar o troco certo, facilitando a vida dele, a sua e a do cara que tá atrás de você na fila, mas sempre quando falta 1 pra sua vez acontece alguma coisa inexplicável? Sempre o cara que tá na sua frente chega com 50 contas pra pagar e fica meia hora em um dos únicos 3 caixas que tão funcionando enquanto os outros 17 estão vazios. Ou então entra uma velha na sua frente, de preferência surda pra não ouvir você ou o caixa falando que aquela não é a fila dela, pra fazer alguma coisa usando o cartão dela só porque ela não lembra o número dele, ou então lembra mas não consegue ler no papelzinho que ela trouxe e levou 2 horas pra achar dentro da bolsa, e enquanto isso já tem outros 4 velhos na sua frente achando que podem fazer a mesma coisa que ela e você fica com vergonha demais pra fazer alguma coisa a respeito... principalmente porque teve que deixar sua .45 na caixinha da porta eletrônica. Ou então quando é a sua vez dá pane no sistema, ou então acaba o papel, ou então você descobre que estava na fila errada. Cacete! eu odeio bancos! Banco do Brasil: o tempo todo com você... na fila! Aposto que tiraram isso do slogan e jogaram o publicitário numa vala. Mas chega de falar de bancos que o texto não é sobre isso, percebem como foi engraçado? (not!) E olha que eu nem precisei me esforçar. Quando você odeia uma coisa e acentua os pontos que te fazem odiar aquilo, as outras pessoas automaticamente se identificam com você por já terem passado por situações semelhantes e por mágica começam a achar graça na própria desgraça! (algo que nós brasileiros já nos acostumamos a fazer tem tempo)
Ninguém faz coisas engraçadas sobre cachorros ou algo do tipo, todo mundo adora cachorros! As pessoas fazem coisas engraçadas só sobre coisas que elas odeiam, como filas de banco, viagens de ônibus, advogados, música gospel, telemarketing, desgraça alheia, desgraça própria e minorias. Eu acho que sempre soube disso, mas talvez só agora tenha me dado conta disso, praticamente uma epifania! (e se vc não sabe o que é isso vai no google seu filho da puta! Porque já tive que explicar isso pra umas 50 pessoas e não aguento mais! Pra facilitar o trabalho é só clicar no link aê: http://pt.wikipedia.org/wiki/Epifania_%28sensa%C3%A7%C3%A3o%29) Agora que eu divulguei o que talvez seja um segredo sinistro da poderosa indústria da comédia eu vou passar mais um tempo recluso na minha caverna fugindo dos federais e também do esquadrão de elite de palhaços da morte que provavelmente vai me caçar assim que eu clicar em publicar. Sayonara, trouxas!

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